Chronos o faminto
Sou tal qual o monstro de Goya,
sou a fera cruel que te condena
a ser o alimento da minha fome,
devoro-te com o phallos e com a boca,
sou Chronos o faminto degenerado!...
Devoro ferozmente a incerteza quando preciso.
Num estalo de inconsciência perdi-me em ti,
pois tu eras a personificação de um labirinto!...
Procurei calcular tuas cilindras pernas,
fiz dos meus braços um eficaz compasso
e tracei na tua carne a linha do desejo...
Para te surpreender, me vesti de matemático,
e multipliquei, com prazer, os seus orgasmos...
Carlos Conrado
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