Ode ao Corvo Ao mestre Edgar Alan Poe Ó Senhor Mistério que comigo agora estás, levanta-te desta poltrona, amigo, nunca, jamais, te esqueças do que digo. Oculta de minha mente meus sonhos infernais, nunca me faças padecer na dor de ter aqui comigo esses tormentos tais...…
Procurei exilar-me de mim para fugir do meu senhor, que na fraqueza e cansaço, triste, não mais me presenteou. Agora longe do porvir segrego toda a minha dor!... Desencantado com o que vi, brasões d ´alma caídos ao chão, tento o retorno de mim, pois nunca foi …
Quero além do teu corpo desnudar a tua alma e espírito. Quero provar que o prazer é uma entidade cósmica, faremos gozar as estrelas e o sol perder a libido!... Quero provar tua flor de lótus assim como provei a flor do universo, quero teus negros olhos nos meus cristalin…
Chronos o faminto Sou tal qual o monstro de Goya, sou a fera cruel que te condena a ser o alimento da minha fome, devoro-te com o phallos e com a boca, sou Chronos o faminto degenerado!... Devoro ferozmente a incerteza quando preciso. Num estalo de inconsciência perdi-me em ti, pois tu er…
Soneto para os cílios que desdobram Atiço o meu desejo nos cílios da Esperança. Faminto por este corpo que me encanta Meu peito em prol do magnetismo canta Teu ser a ser ferido por esta lança... Nomeio o meu faminto phallus de oráculo A buscar a verdade em suas entranhas,…
Imagens nas mãos do Deus-Universo As mãos do Criador estão chorando, desígnios iludidos sobrevoam o espírito da grande tragédia... Fausto brinca com as máscaras do amor, e beija em êxtase profano os lábios do Futuro!... A Esperança é uma velha caquética a definhar a sinfon…
À Arcádia Literária Eis me aqui neste cosmos Embevecido com o silêncio da Arcádia. Observo o movimento que a Terra embala Esquecendo-se da anciã Academia de Ninfos Guiados pelo poderoso general Literatus Que lançou à guerra poetas tal qual Spectrus!... As estrelas vivendo por entre lág…
Errei por eras!... Alimentei a dor. Plantei a desgraça no mundo, raiz infame que me degenerou. Sendo eu a Humanidade, só me restava clamar... Lancei meus olhos aos ares, fiquei rouco de tanto gritar... Implorei o perdão divino, eu, que da carne fui assassino, cantei somente o hino da cul…
Longe das Meias Uma mulher nua, bêbada, encostada na mesa de um bar sopra o discurso de Nero e acende o lampião do Inferno de Dante... Ferozmente uma luz surge, Dom Quixote está cego!... Contra Cervantes, Saramago triunfante. -Carlos Conrado
Sete vozes de louvor a Baco, o Clã da Semana vagueia nos pubianos pelos da Lua. Uma nova morada acende o desejo de sete loucos acariciando os anéis de Marte. São sete seres embriagados com o vinho extraído de uma estrela, ao som da orquestra cosmopolita desvairados eles dançam. Sã…
A derrota da luz Numa noite de plenilúnio A luz emboscou as trevas. Demônios... correrias, Seres surpreendidos. Aquilo que era negrume Foi ferido com fortes raios... Nós, vítimas e sentenciados, Fomos marcados violentamente Com o brasão dos condenados. Nasci luz, cresci em trevas, Aqu…
O go zo A Terra banha-se despida Sob o olhar de Deus. O pudor horrorizado grita: - Isto é um crime contra a decência! Voluptuosa a Terra atiça Os desejos secretos de quem a fez. O olhar, vendo as curvas benditas Atende ao convite do incesto, Na pirâmide pubiana atira O esperma onipotente…
O vinho e a solidão Quando a tristeza me visita Faço de qualquer quarto um cárcere. Na companhia de uma taça que não me merece Peço que a amante inspiração insista. Que no papel branco eu comece A grafar uma dor mista. Na garganta da solidão o vinho desce Enquan…
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SOBRE MIM
- Carlos Conrado
- Natural de Ourolândia/BA, radicou-se para Sergipe no ano 2000. Escritor, Artista Plástico, Designer Gráfico, Editor e Jornalista.