
Um companheiro de Baudelaire
Talvez tenha escutado a voz de Baudelaire em seus ouvidos revelando-lhe as técnicas simbolistas que, em seus textos, serviram de alicerce para sua linguagem. Arriscado é tentar ser a voz de Carlos Alberto Barreto e tentar conceituá-lo. Há coisas e pessoas que não precisam de conceito. Diante desta idéia admito!... este poeta não se conceitua. Seus textos falam por si só. Não com a voz muda que muitos livros costumam expressar. O texto quando é bom ou fala pelos cotovelos ou solta uma vogal e diz tudo. Infelizmente nossa época não nos permite a cear e ficarmos fartos com esse nível de qualidade. É possível, vez por outra, degustarmos petiscos raros. Fico feliz em saber que na terra do axé e do pagode, ainda existem seres que produzem algo de qualidade e acima de tudo, produtos com o intuito de revolucionar o inferno terreno em que vivemos. Em comunhão com escritores que fazem algo pela classe, este poeta não se cansa em lutar à frente do movimento Artpoesia. Guiado também pela voz de Raul Seixas, seu guia maluco beleza é quem o mantém de pé. Branco, olhos claros, adepto dos chapéus, Barreto é uma figura impar. Útil a servir como ponto de referencia.
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