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Ode à Verdade





Ode à Verdade

I

Caminho pisando em ondas de energia,

Meus pés alados irritam a pele da Verdade.

No espirro mais alto e ecoante,

Ela fez surgir o Big Bang…


Ao manifestar o orgasmo supremo,

Nove fases de trilhões se passaram

E a Terra fora engendrada

Pela vagina do Universo…


Em seu sulco, as estrelas nadavam desesperadas,

Uma voz em tom new age no vão cantarolava,

No intuito de acalmá-las com seus versos órficos.


II

Procuro um ser entre as estrelas radiantes

Para observar comigo o caminhar

Da Humanidade terráquea errante

E outras comunidades planetárias.


O ser que sobrevoa sem nave alguma,

Detentora de belíssimas asas,

Será um anjo ou criatura das brumas?


Ó ser alado! Recolhe-as e pendure-as,

Para que não desbotem os fios de ouro

E venham a cessar as energias puras.


Seja bem-vinda à minha humilde morada,

Sou poeta em tempo integral,

E deus nas horas vagas da jornada.


III

Contemplas, feliz, a dança dos irmãos de Zion.

Tu te lembras das asas que me trouxestes?

O bigode de Nietzsche varria a poeira cósmica,

Tudo para te ver passar entre as luzes.

Árvores de néon vibravam contentes

Ao tocar-te a pele sidérea.


IV

Ó deusa que vens de longe,

Que mistério te trouxe até aqui?

Vejo em tua face estelar

Os traços do inconfundível Metatron.

Qual emoção norteia o teu semblante?

Com que força rompes a barreira do som?


Vejo-a derramando lágrimas no vazio celestial,

Vejo um ser humanóide privado do sorrir.


V

Quisera ela ser como Safo,

Jogar-se ao mar, plena de amor.

Acordes cosmológicos te embalam,

Velam as últimas horas do seu insaciável calor.


Mineiros perfuram Netuno distante,

Deixando cicatrizes em mim.

Naves descansam no vazio errante,

Pilotos te velam sem fim.

Ela, a jovem dos cabelos de néon,

Resolveu lançar o seu amor

Na esfera negra da Dor.


VI

O berço das filhas de Zion

É embalado por Árion

E sua harpa de plasma astral.

Elas dormem nos seios do vazio

E bebem o leite sideral.



VII

De um panteão que vem do norte gelado

Adquiri novos companheiros.

Seguindo os passos de Cernunnos cornado,

Fui cura para mundos inteiros.

Radiações que emanavam de mim

Cicatrizaram o ozônio e as chagas da bela Yasmim.


VIII

A Terra enferma geme, seus malfeitores vagueiam

Por seu corpo ferido. Nós vos alertamos...

O planeta azul há de sumir, só o planeta azul.

O Universo é matriz criadora de toda existência,

A suprema e absoluta essência divina,

O eterno ser imortal e sua magnificência.

Não será a Natureza que se voltará aos detratores,

Mas nós, seres suspensos nas esferas,

Eliminaremos aqueles indignos colaboradores

Que não merecem partilhar das primaveras

Desta terra de benesses. Continuaremos

A abduzir os justos e não ceifar

Suas vidas como seres vingativos.


Deixamos-vos nossos sinais luminosos,

Fizemo-nos conhecer pelos curiosos

E voltamos a clamar: simplesmente vos alertamos!


O espírito Niemeyer paira conosco.

Sua matéria não nos serve de apoio,

Separamo-lo de seu invólucro

E abduzimos sua essência sem despojo,

Pois sabemos que ela dispensa a carne

Para habitar o Universo e suas ações prosseguir.


Niemeyer, qual os habitantes de Urano,

Será arquiteto cósmico a construir.

Gandhi também está em nossa companhia;

Separamo-lo de sua fragilidade,

Para que sua força inspire e guia

Outros seres da imensidão da eternidade.


Conhecerás a verdade através da nossa voz,

E compreenderás sonhos de luz

Por uma existência no Templo sagrado de Oz.


IX

Incomoda-vos a demora do retorno do Cristo?

Nós vos dizemos: não imaginais

A vastidão do Universo-Mãe.

Não imaginais quantos seres celestiais

Nele habitam em comunhão,

Não imaginais a complexidade, a abundância

E as matérias dispersas em expansão

Para propagar com constância

A voz do Grande Deus-Universo.

Jesus é dos missionários mais solicitados

Pela voz do Pai supremo, o Deus-Universo

Que ora é Mãe, ora é Pai, ora é ambos,

Pois transcende vossos sexos imperfeitos.

Se vossas naves jamais atravessaram

Os portais sombrios do antiverso,

Como podereis beber das fontes

Que jorram nos seios das quasares?

Descemos para plantar em vossas frontes

As verdades que nenhum livro sagrado

Ousou gravar em suas páginas ardentes,

Filhos do planeta azul condenado.


X

Ah! Inanna, Soberana dos Céus,

Teus dentes formam nossa constelação,

Teus olhos são faróis que conduzem

Os insanos filhos desta nação terráquea…


Disse-nos tua filha V. S. Ferguson:

"O tempo é campo de jogo dos deuses."

Eu vos digo: somos o elmo que guarda

A vasta e pulsante mente do Tempo.




Carlos Conrado

Comentários

  1. Um dos melhores e mais magníficos poemas que já li em toda a minha vida!

    #ÊXTASE!

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