O
sabor tão amargo de uma vida,
não me
privou desta quimera doce,
uma
jarra de crítica ferida
que
hoje brinda uma paixão precoce...
Cativo
desta saudade regida,
fenecer
na clausura achei que fosse,
barganhei
com teus seios a saída,
tornei-me
mais ainda tua posse...
Tocaste-me,
anjo, a carne consentida
na
compulsão por ti só requerida,
domaste-me,
lasciva, em sedução...
Com
suas cifras vivas e fundidas,
maestrina
destas notas tão ardidas,
soubeste
me tornar composição.
Carlos Conrado
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