Escrever é atravessar galáxias internas. Não me interessa a pureza dos estilos consagrados, tampouco os dogmas da métrica previsível ou da semântica domesticada. Minha poesia é o espasmo de um Universo em convulsão.
Busco a fratura, o choque, o estranhamento. Misturo Nietzsche ao pó cósmico, Inanna aos satélites de Netuno, Gandhi aos engenheiros de mundos distantes.
Que os puristas se irritem! Minha linguagem é híbrida, minha sintaxe, deliberadamente errante. Não busco um lirismo confortável. Quero o desconforto da imagem que arranha, da metáfora que explode, do verso que não pede licença para entrar.
Minha estética é o delírio lúcido de quem entende que o fazer poético pode (e deve) ser um campo de colisão entre o místico, o filosófico, o ufológico e o existencial.
Não sou devoto de nenhuma escola literária, embora possua uma inclinação simbolista e romântica. Às vezes, até cometo o crime de criar sonetos... porém, tenho licença para tudo criar.
Sou um andarilho entre os escombros das formas e as nebulosas das ideias.
Escrevo para que os deuses me leiam.
Para que os humanos estranhem.
Para que o Universo, de algum jeito, me ouça.
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